Diante das inúmeras inquietações inerentes ao ser humano, surge o impulso para entender a razão de ter-se que adiantar altos valores para acessar o segundo grau e corte superior da justiça do trabalho, os chamados depósitos recursais, em contrassenso, justamente, a um dos momentos econômicos mais críticos para empresas de todos os portes, devido à pandemia.
De fato, ao falarmos da justiça trabalhista, que possui obrigação exclusiva para adiantamento de quantias altas pelo empregador, quando este deseja recorrer, não estamos falando simplesmente de mais uma taxa. Em síntese, a finalidade desta espécie de depósito é oferecer uma garantia para que, futuramente, se o empresário recorrente não tiver êxito em sua demanda, o autor já possua valores a receber. Mas e a empresa, como fica nesse momento? Torce para surgir uma nova perspectiva? Apela para alguma força superior? Ou busca se reinventar dentro do cenário?
A bem da verdade, já enfrentamos muitas crises econômicas no Brasil e no mundo. Para falar sobre esse assunto, faço uma analogia entre a crise e uma corrida de mil metros com barreiras a cada cem metros, em que o corredor tem que saltar. O espaço entre cada barreira representa o espaço entre uma crise e outra. Cada barreira seria, literalmente, a crise. O que varia nessa corrida é a altura de cada uma delas, ou seja, a intensidade do problema. Mas a certeza é: a crise virá e o empreendedor precisa estar pronto para superá-la.
Lembra, no início, quando falamos dos depósitos recursais trabalhistas? Pois então, essa pode ser a perspectiva a emergir e ajudar a superar o momento frágil que passa. Ou, até mesmo, fortalecer uma reestruturação que já teve início.
Em que pese ainda pouco conhecida, alguns empresários têm buscado essas quantias de volta na Justiça do Trabalho, e, pasme agora, em menos de dois meses já contam com consideráveis cifras de volta.
Para isso, não basta apenas o interesse e a tentativa na procura. É necessário contar com uma assessoria especializada em rastreamento de ativos que vise dar ao empresário a tranquilidade financeira que aquele necessita, senão, infelizmente, será mais um frustrante “tiro na lua”.
Atualmente, estamos diante de um oceano de possibilidades, haja vista estarmos falando de valores bilionários esquecidos. Para se ter ideia, uma das maiores empresas de petróleo do país conseguiu resgatar o equivalente a cerca de R$ 3 bilhões de reais com essa técnica de planejamento estratégico. Esse é o “pulo do gato” do empreendedor: planejar estratégias para os momentos difíceis. É mais uma forma de atravessar aquele momento frágil, de se reinventar, sobreviver e perseverar.